Comentários do 1T25 de #BLAU3 #DMVF3 #CAMB3 e #VLID3#BLAU
- 8 de mai.
- 10 min de leitura

Queridos investidores, esta semana tivemos uma verdadeira enxurrada de resultados do 1T25 na bolsa brasileira.
Alguns Valuations atualizados com o 1T25 já foram publicados por mim, como o de Irani #RANI3, e o de Pão de Açúcar #PCAR3, que você lê nos links abaixo:
No entanto, devido ao grande volume, vou apresentar um resumo mais rápido com os principais destaques do 1T25 destas empresas que seguem neste relatório.
Estou atualizando o Valuation delas e devo apresenta-los em relatórios nos próximos dias e semanas, com novos preços alvo e recomendações de comprar, manter ou vender, fique atento!
Comentários do 1T25 de #BLAU3 #DMVF3 #CAMB3 e #VLID3#BLAU3 - Blau Farmacêutica 1T25 ok, mas o 2T25 vai brilhar mais! Compra ou venda? Atualização e Valuation
#BLAU3 - Blau Farmacêutica 1T25 ok, mas o 2T25 vai brilhar mais!
A receita líquida da Blau de R$373 milhões no 1T24 foi +4% maior que no 1T24, mas caiu 18% ante o trimestre anterior. Mas calma, essa receita foi apenas postergada!
É importante notar que uma parte da receita 1T25 foi transferida para o 2T25 pelo adiamento das receitas do canal público (-5% a.a) e pelo espaço entre a venda de um registro de Toxina Botulínica e a aprovação de outro.
A Blau tem duas marcas de botox: a Botulim e a Botulit, que ela passou a deter com a compra do laboratório Bergamo em 2023 cada uma com registro com um fornecedor diferente. A venda de um deles por US$ 7,5 milhões e fizeram novo registro com o fornecedor escolhido, o que atrasou o faturamento.
O cancelamento de contrato com um cliente de plasma nos EUA também pesou, mas ja estão procurando novo cliente para o produto.
O segmento hospitalar cresceu 9% a.a. compensando o EAP (Varejo+Estética+Plasma) que é 15% da receita total da Blau e caiu -25% a.a. pelos fatores descritos acima
Ainda assim, receita da Blau aumentou 4% a.a com vendas 15% maiores do que no ano anterior para hospitais privados.
A Blau também fez suas primeiras vendas em Pernambuco, o que deve permitir que ela se beneficie de uma redução de 76,5% em impostos do estado e também sobre embalagens.
A margem bruta foi excelente e aumentou 10 p.p ante o 4T24 +680 p.p ante o 1T24 para 40,1%, com menores custos de matérias-primas e embalagens, pelo dólar mais franco frente ao real no período.
É o sexto trimestre consecutivo de expansão da margem por mudanças no mix de produtos com medicamentos com margem maior e do turnaround e captura de sinergias no laboratório Bergamo, adquirido em ago de 2023.
A margem do Bergamo já saltou de 2% para incríveis 29% !
O Ebitda recorrente foi de R$83 mi crescimento de 28% ante o 1T24 com margem Ebitda de 22,2% (vs 18% no 1T24), mas poderia ser melhor ainda, não fosse a postergação de vendas para o 2T25, dado que no trimestre anterior, o 4T24, teve margem Ebitda de 25,6%
Ocorre que com a postergação de vendas para o 2T25 ocorreu menor diluição de custos e despesas fixas neste trimestre.

O lucro líquido ajustado recorrente foi de R$63 milhões, 50% maior que no 1T24 e +10% maior que no 4T24 pelo resultado financeiro líquido positivo em R$4 milhões ante negativo em R$11 milhões no 4T24.
O Capex R$73 mi maior em +55% a.a. o que deve trazer mais resultado futuro. A dívida líquida é de apenas 0,2x o ebitda de 12 meses, ou seja, tranquilíssimo.
Continuo confiante com o futuro da Blau e com 2025 pelos mercado endereçável de R$3 bilhões em produtos que já submeteu à aprovação da ANVISA.
De 2028 até 2030, a meta é lançar medicamentos que tenham somados um mercado endereçável (TAM) de R$ 6 bi, com os anticorpos monoclonais.
... ou seja TEMOS MUITO CRESCIMENTO PELA FRENTE!
Só no 1T25 foram 14 registros aprovados por agências reguladoras (5 na ANVISA e 9 na América Latina).
Blau negocia a apenas 7 vezes o P/L estimado para 2025 e mantenho a recomendação inalterada.
A Valid reportou resultado “ok” no 1T25, mas podia ser melhor
A receita líquida totalizou R$ 501 milhões, uma alta de +4% ante o 1T24 mesmo com a queda de receita da unidade de pagamentos (Pay) devido à maior concorrência e menor demanda na Argentina e no Brasil, respectivamente.
A unidade identificação, chamada de ID (por meio da qual a Valid emite CNHs e RGs) cresceu 26% a.a. sua receita, com a expansão de emissões de Carteira de Identidade Nacional (CIN).
A receita de Novos Negócios segue crescendo muito fortemente e chegou a R$ 77 milhões ou 15% da receita consolidada e 27% do EBITDA da Valid.
Estes novos negócios, como Governo Digital, Digital Onboarding e Digital Mobile, são a aposta mais forte da Valid para o futuro e já mostram que vieram para ficar, com os quais a meta da empresa de crescimento deve ser buscada.
A Valid projeta dobrar sua receita em seis anos o que seria um crescimento médio anual (CAGR) de 12,25% ao ano, nada mal e bem acima da inflação + PIB projetados no Brasil.
O Ebitda consolidado total totalizou R$ 104 milhões, retração de 10,3% na base anual, novamente pela queda na unidade Pay (pagamentos e cartões),
O lucro líquido recorrente – sem o ganho de R$ 29 milhões com a venda de ativos na Colômbia - totalizou R$ 44 milhões, um avanço de +29% ante o 1T24.
A queda nas renovações de CNHs a partir de 2026 e 2031 com a extensão do prazo de validade de 5 para 10 anos das CNHs em 2021 é o maior risco de investir na Valid na minha opinião.
Ainda assim, um risco que talvez não custe muito caro uma vez que a empresa negocia a um múltiplo baixo estimado para 2025 de apenas 4x EV/EBITDA e de 8x P/L
Além disso, tem um caixa líquido de R$ 157 milhões e por isso deve continuar pagando bons dividendos.
Cambuci #CAMB3: 1T25 mais fraco, mas COM CHANCE DE muito dividendo pela frente
O Cenário econômico com Selic alta e o menor volume de licitações municipais e estaduais de artigos esportivos fez a receita da Cambuci cair 11% ante o 1T24.

A margem bruta caiu 2,4 p.p. ante o ano anterior dado que além de custos e despesas maiores estes também foram menos diluídos, com as receitas mais fracas.
Assim, o EBITDA caiu 28% no 1T25 ante o 1T24 e a margem Ebitda foi 5,5 p.p menor que no 1T24 para 23,9%.
O Lucro líquido foi beneficiado pelo resultado financeiro melhor dado o alto caixa liquido e Selic rendendo juros nas nas alturas...
Além disso a Cambuci gozou de uma menor alíquota efetiva de imposto de renda (IR) graças ao beneficio do Sudene que isenta 75% do IR e da Lei do Bem, o que deve se repetir nos próximos trimestres.
Apesar do resultado mais fraco a Cambuci ainda é uma empresa muito barate se considerarmos que segue gerando um ótimo caixa nas operações e negocia a cerca de 15% Earnings Yield estimado.
Além disso, a empresa segue muito barata em múltiplos negociando a 4x EBITDA estimado para 2025,e aumentando o caixa líquido.
O caixa liquido aumentou para R$ 48 milhões dada a redução de estoques no 1T25, ou seja, e deve vir mais dividend alto por aí , ainda mais após o que vou contar a seguir...

Alem da geração de caixa e do caixa líquido, a Cambuci tem propriedades para investimento e uma ação a receber, que, somados, representam cerca de 29% de seu valor de mercado.

Por tudo isso, a recomendação, por hora, está INALTERADA.
D1000 #DMVF3: investindo agora para colher no futuro
A D1000 reportou um resultado morno, que ainda não contabilizou o amadurecimento do processo acelerado de expansão com 5 novas lojas abertas no 1T25 e 40 nos últimos 12 meses.
A Receita Bruta cresceu 13% a/a e atingiu R$ 574 milhões no 1T25.
A venda em mesmas lojas (SSS) foi de 4,2%, acima do setor (+1,5%) mesmo com lojas novas ainda em maturação.

O Lucro Bruto subiu 14% ante o 1T24, com margem bruta de 29,5% crescendo 0,2p. p ante o 1T24.
Importante ressaltar que em 2025 a margem deve ser pressionada pelo efeito da reativação da distribuidora Cof que tem margens muito ruins, para aproveitamento do seu crédito fiscal.
O Ebitda Ajustado no trimestre foi de R$ 13,9 milhões 4% maior que no 1T24, com margem de 2,4% (-0,2 p.p.).
O lucro líquido ajustado de R$ 3,5 milhões no primeiro trimestre de 2025, avanço de 8,7% em relação ao mesmo período de 2024, com margem líquida estável em 0,6%, apoiado em ativo fiscal diferido.
A geração de caixa consolidada foi negativa em R$24 milhões, com aumento da necessidade de capital de giro em 57% e dos investimentos em 34%
É o terceiro trimestre de piora no capital de giro provavelmente pela aceleração nas aberturas de novas lojas, mas o mercado bateu na ação após o resultado provavelmente por causa disso.

O ponto positivo do 1T25 esta aqui:
A empresa está com vendas por safra cada vez melhores, elevando a rentabilidade e retorno sobre o capital investido (ROIC) esperados no futuro:

Com crescimento e maturação das lojas, e novas safras melhores, mantenho por hora minha recomendação inalterada e em breve envio o relatório com o valuation atualizado da empresa.
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Abraços
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