#JHSF3: O Segredo por Trás do Lucro Milionário que o Mercado Não Quer que Você Veja!
- há 1 dia
- 5 min de leitura
É o Luxo que Paga as Contas?!
Por Cristiane Fensterseifer, Analista CNPI, CGA, Criadora do Investe.com.br
15 de maio de 2025
A JHSF (JHSF3) soltou o balanço do 1T25 e, olha, que abundância (para usar uma palavra mais rica, tal como o setor que a empresa atua kkkkkk) !
A ação subiu 6% hoje após a divulgação...
O yield anualizado de 9% (R$ 250 milhões em dividendos) faz os ‘rycos’ amantes de renda passiva sorrirem.
Só que a alavancagem alta tá segurando o hype.
Vamos por partes, como diria...
As reclamações do mercado para a empresa são: “ai, a alavancagem, ai, queima de caixa, ai, vendas devagar”.
Ok, sinceramente, a JHSF é um case de luxo que tá barato, mas tem sim uns “poréns” que não dá pra ignorar.
A empresa está entregando números sólidos, com renda recorrente bombando e margens que fazem concorrente chorar.
Vem comigo destrinchar esse resultado e ver se vale a pena botar o dinheiro nessa mesa de luxo
1. Visão Geral: Números Fortes, Mas com Asterisco
A JHSF sabe jogar no mercado de luxo. Isso já é óbvio.
O lucro líquido disparou 139% A/A pra R$ 340 milhões, o EBITDA ajustado subiu 60,6% pra R$ 197,8 milhões, e a receita líquida cresceu 37,4% pra R$ 403,3 milhões, batendo o consenso de R$ 394,5 milhões (da Bloomberg).
A margem EBITDA de 49,1% foi bem acima das estimativas e a renda recorrente já é incríveis 77% da receita total.
Mas tem um detalhe que o mercado adora (MAS NÃO PODE, E NÃO DEVE) ignorar:
O lucro cheio tem R$ 405 milhões de reavaliação de ativos (não-caixa).
Ajustando isso, o lucro real é de R$ 79 milhões (+81% A/A) – EU PREFIRO OLHAR ESSE.
O lucro sem PPI (reavaliação de ativos) ainda é forte, mas bem mais modesto
2. Por Segmento: O Luxo Carrega a JHSF
Shoppings: Cidade Jardim Tá Voando!
Receita Líquida: R$ 87,5 milhões, +21% A/A, mesmo depois de vender Bela Vista e Ponta Negra.
Destaques: Cidade Jardim com vendas +24,8% A/A, ocupação em 99,1%, e SSR (same-store rent) de 14% (era 5% no 1T24).
EBITDA Ajustado: +15% A/A, mas a margem caiu -2,9 p.p. por causa de despesas G&A mais altas.
O Cidade Jardim está carregando o segmento nas costas.

Augusto Martins, o CEO, disse ao Brazil Journal que crescer 25% num shopping maduro de quase 20 anos é “muito forte”.
Concordo, mas essa queda na margem me irrita um pouco – G&A subindo é sinal de que o controle de custos tá frouxo.
A Van Cleef & Arpels, que migrou pro Cidade Jardim, tá vendo vendas +50%. Luxo vende, e a JHSF sabe disso.
(eu que não sou tão luxuosa assim, nem conheço esta marca, desculpem-me pela gafe)
Hospitalidade & Gastronomia: Fasano Brilha, Mas Pode Mais
Receita Bruta: Hotéis +28% A/A (ocupação +2 p.p.), restaurantes +21% A/A (ingressos +14%, couverts +6%) – parece que está todo mundo se divertindo, não é mesmo?
Receita Líquida: +23% A/A, passando de R$ 100 milhões pela primeira vez num 1T – Como eu disse, parece que está todo mundo se divertindo mesmo.
EBITDA Ajustado: +17% A/A, mas margens mais apertadas (19,5%).
O Fasano tá decolando, e a JHSF anunciou o quinto hotel fora do Brasil: Fasano Beach Club Hotel em Punta del Este (só 20 quartos, asset light, aquela sofisticação e exclusividade que rico adora, sabe? Disso eu também gosto, confesso).
O plano é ter 20 operações internacionais em alguns anos.
Ambição sobra, mas margens nem tanto... Ajustes seriam bacanas pra entregar mais lucro.
É chique, é bonito, mas ainda não é perfeito.
Aeroportos: Catarina É um Cash Cow (Tecla SAP: Vaca Leiteira)
Receita crescendo muito fortemente com pousos e decolagens +48,6%.
EBITDA Ajustado: +61% A/A (ou +52,7%), com margem expandindo por diluição de custos.
Expansão: De 12 pra 16 hangares, com mais área pra crescer.
O Aeroporto Catarina tá operando a 100% e é um dos grandes acertos da JHSF.
Esse segmento tem tudo pra ser uma máquina de dinheiro, mas a expansão vai exigir capex.
Incorporação: Margens Altas, Ritmo Lento
Receita Líquida: +42% A/A, puxada pelo Reserva Cidade Jardim e mais vendas.
Margem EBITDA: +17 p.p. A/A (86,2% em residences & clubs), com custos de construção menores.
Receita de Residences & Clubs: +148% A/A, pra R$ 55,3 milhões.
A JHSF está sendo esperta aqui: prefere cadenciar as vendas pra manter margem alta do que dar desconto pra inflar volume.
Sinceramente, a birra do mercado porque as vendas tão devagar as vezes me irrita.
Repito, como em quase todo relatório: INVESTIR É SOBRE PACIENCIA, PENSAR NO LONGO PRAZO!
Projetos como Boa Vista Village Town Center e São Paulo Surf Club (previstos pra 2025) podem ser gratas surpresas (ou não, pois no Brasil nada é confirmado, e até o passado é incerto)
3. Estrutura de Capital: Alavancagem É o Elefante na Sala
Captações: R$ 937,5 milhões em CRI pra alongar dívida, mais R$ 500 milhões em curso e R$ 110 milhões via nota comercial.
Pelas captações e taxas podemos ver que o mercado, literalmente, dá crédito pada a JHSF , confia na empresa o que é ótimo
Alavancagem: A queima de caixa aumentou a alavancagem, o que sempre me incomoda em épocas de juros altos.
A ação sobe 22% em um ano, bem mais que o Ibovespa e o indice small caps e vale R$ 3,5 bilhões na B3, muito longe do máximo histórico.

O EV é de R$ 6,6 bilhões, pela dívida liquida salgadinha, de R$3 bi (mas que faz uma candidata a ganho em caso de queda de juros Selic ano que vem - ou se vc for um otimista nato(a) esse ano.
Parece que podemos concordar que a Selic subir mais não vai... pelo menos por enquanto é o que parece.
O yield de 9% é de lamber os beiços, mas deixa aquela pulguinha atrás da orelha por conta do endividamento... mas , como o mercado está financiando... ok.
O portfólio é diversificado e a renda recorrente dá uma paz ...
Mas afinal, Cris, é para comprar ou para vender ?
A ação negocia a cerca de 0,7x P/NAV ... E minha recomendação é ...
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