Irani Papel e Embalagem #RANI3: Embalando valor com eficiência e resiliência - atualização da recomendação e preço alvo
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A Irani iniciou 2025 com um desempenho operacional robusto, impulsionado por maiores volumes e preços nos segmentos de papel e embalagens sustentáveis.
Apesar do aumento no custo dos produtos vendidos e de um resultado financeiro mais pressionado, o avanço da receita e a diluição de custos proporcionaram um crescimento expressivo no resultado operacional e no EBITDA Ajustado.
A empresa se manteve resiliente mesmo diante da alta nos preços das aparas — sua principal matéria-prima —, demonstrando capacidade de repasse em um cenário desafiador.
Os resultados do 1T25 evidenciam a força e a consistência da operação da Irani. Sua habilidade de precificação segue sólida, e a decisão estratégica de focar exclusivamente em embalagens sustentáveis reforça o compromisso com a geração de valor.
Grande melhora na margem Ebitda no 1T25 me deixa mais otimista com a tese!
A Receita Líquida de Vendas totalizou R$ 423 milhões, alta de 17% em relação ao 1T24 e de 4% frente ao 4T24.
O crescimento foi pelo aumento de volumes e preços nos segmentos de Papel para Embalagens Sustentáveis (Papel) e de Embalagens Sustentáveis (Papelão Ondulado)
O segmento de Embalagens respondeu por 60% da Receita Líquida e o de Papel, 40%.
O Custo dos Produtos Vendidos (CPV): Cresceu 22% ante o 1T24, refletindo o aumento nos volumes e nos preços das aparas.
Despesas com Vendas: Subiram 7% na comparação com o 4T24 e 10% em relação ao 1T24, representando 8,2% da Receita Líquida — acima dos 7,9% do 4T24, mas abaixo dos 8,7% do 1T24 —, principalmente devido a maiores gastos com fretes e exportações.
Despesas Gerais e Administrativas: Tiveram redução de 14% em relação ao 4T24, com menor valor de remuneração variável. Em comparação ao 1T24, houve leve alta de 1%.
Representaram 6,8% da Receita Líquida, ante 8,2% no 4T24 e 7,9% no 1T24 — reflexo dos esforços de otimização.
O EBITDA Ajustado da operação continuada foi de R$ 136 milhões, com margem de 32,2%. Alta de 14,8% sobre o 4T24 (margem de 29,1%) e de 13,7% frente ao 1T24 (margem de 33,1%), com aumento de volume e preços.
O Lucro Líquido alcançou R$ 61 milhões, +182% em relação ao 4T24 e de 37% frente ao 1T24, impulsionado pelo crescimento da receita e diluição de custos.
O Custo médio da dívida é MENOR QUE A SELIC, de 11,3% ao ano antes de IR/CSLL e 7,4% ao ano após impostos. A redução do custo da dívida reflete o rating AA+ com boa liquidez, a dívida alongada e mix equilibrado entre CDI e IPCA.
Mais de 90% da dívida bruta é de longo prazo e está denominada em Reais.
A Dívida Líquida/EBITDA de 2,21x no 1T25, em linha com a meta.
Fluxo de Caixa Livre Ajustado foi de R$ 242 milhões, desconsiderando investimentos na Plataforma Gaia, dividendos e recompra de ações.
O Free Cash Flow Yield foi de 13,0%, alta de 2,2 p.p. ante os 12 meses anteriores.
ROIC (Retorno sobre o Capital Investido): 11,3% nos 12 meses encerrados em março de 2025.
A queda no indicador reflete o ramp-up (desenvolvimento) dos investimentos da Plataforma Gaia — o investimento (capex) é contabilizado de imediato, enquanto os retornos impactam o fluxo de caixa operacional de forma gradual.
Ainda assim, o spread de 3,9 p.p. sobre o custo da dívida (pós IR/CSLL) reforça a criação de valor.
Espera-se um processo de crescimento do ROIC a partir de agora, com o crescimento gradual dos retornos dos projetos, impulsionando o indicador.

Alta remuneração para o acionista em proventos e recompra de ações!