Aposta nos remédios emagrecedores com P/L de 7x existe? Sim! Vale comprar Pfizer #PFE #PFIZ34 após o 3T25?!
- há 1 minuto
- 10 min de leitura
Estamos na era dos remédios que emagrecem mais rápido que namoro de famoso.
Pfizer (PFE) divulgou seu resultado o 3T25 e veio melhor que o esperado!
O guidance (projeção de resultados futuros) também melhorou, mas a receita da Pfizer está caindo.
A Receita da Pfizer no último trimestre foi de US$ 16 bi e caiu 6% frente ao ano anterior, em linha com o esperado.
Após lucrar muito com as vacinas no COVID a Pfizer precisa correr atrás de novas receitas e por isso a tentativa dela de aquisição da empresa de drogas emagrecedoras é muito relevante ainda.
E temos uma briga gigante entre gigantes farmacêuticos, que nos interessa MUITO e pode render um bom ganho!
A Pfizer, antes preocupada com as vacinas da Covid, agora está no ringue lutando por uma participação no novo hype – os remédios emagrecedores.(veremos mais pra frente no relatório).
3T25 melhor que o estimado: Pfizer não é só vacinas!
Quando a gente olha para as linhas que não tem a ver com o Covid, elas subiram 4% com destaque para o Eliquis com alta de +22% nas vendas.

Eliquis é o blockbuster (campeão de vendas) anticoagulante que Pfizer divide com a Bristol Myers #BMY – com 50/50 nos lucros.
Indicado pra prevenir AVC em fibrilação atrial não-valvular, tratar trombose venosa profunda (DVT) e embolia pulmonar (PE), e até pós-cirurgia (tem tanta doença nesse parágrafo que parece encontro da minha família).
A demanda global para o anticoagulante Eliquis está em alta, com mais diagnósticos de condições cardiovasculares (sabe como é, envelhecimento populacional e sedentarismo pós-pandemia).
Nos EUA e mercados desenvolvidos internacionais, a adoção subiu, com melhor acessibilidade pra pacientes com cupons e programas de desconto
O preço Líquido está favorável nos EUA graças a negociações espertas e menos rebates pra PBMs (Programas de Benefícios em Medicamentos)
Mas tem um porém: isso tudo é pré-2026, quando a Inflation Reduction Act (IRA) entra para negociar preços no Medicare – a Pfizer já está alertando que o IRA pode colocar água no chope em 2026.
Comirnaty, a vacina estrela COVID, em queda...
Com bilhões de vendas em 2021 e 2022 o Comirnaty teve queda de -20% frente ao ano anterior com recomendação mudando nos EUA: o CDC mudou pra "consulte seu médico" em vez de "todo mundo vacine"
Além disso a aprovação da vacina pra nova variante está atrasada e ainda temos uma baixa demanda global por infecções menores
O COVID é sazonal agora, e Pfizer e nós sabemos que não volta pros US$ 30B anuais.
A Receita COVID total (Comirnaty + Paxlovid) caiu tanto que o não COVID teve que crescer 14% só pra a receita total cair menos)

A Margem operacional de 35% ficou estável com custos caindo e a Pfizer entregando sua meta de US$ 4.5B em economias até fim de 2025
O lucro por ação EPS Ajustado foi de US$ 0.87 uma queda de 18% ante o ano anterior, mas muito melhor que o esperado graças ao One Big Beautiful Bill Act do Trump
As projeções da empresa (Guidance) de Receita de US$ 61 a 64bi foram reafirmadas e o lucro por ação EPS Ajustado esperado AUMENTOU para US$ 3.00-3.15 (de US$ 2.90-3.10)
O "One Big Beautiful Bill Act” aumentou o lucro
A taxa efetiva de imposto da Pfizer caiu pra 5% no 2T25 graças ao One Big Beautiful Bill Act (OBBBA, sancionado em 04/07/2025) a Reforma fiscal Trump 2.0
O OBBBA corta o IRPJ pra 15% base, mas com truques como resoluções globais de disputas fiscais isso pode ficar menor ainda.
O resultado foi que a Pfizer aumentou o lucro por ação esperado em 2025 (EPS) pra US$ 3.00-3.15 em 2025, citando melhorias nos impostos
Acordo Trump ajudou a tese:
Trump ameaçou de 100% de tarifa em medicamentos importados alegando "segurança nacional”, porque remédios chineses são "ameaça", né?
A Pfizer muito espertamente, pois importa muito dos seus ingredientes da china, sentou-se na mesa com Trump e garantiu uma isenção nestas tarifas , pois importa muitos insumos , em troca do que ofereceu:
- Preços no Medicaid ao nível de "nações mais favorecidas" (MFN – tipo, o que cobra na Europa, cobra aqui).
- Novos remédios lançados com "paridade global".
- E um site TrumpRx.gov pra descontos diretos pros americanos (tipo Amazon de genéricos baratos).
- US$ 70B em investimentos nos EUA nos próximos anos como fábricas novas (expansão em Michigan, Kalamazoo), menos importações da China, mais feitos nos EUA e foco em inovação (oncologia, obesidade).
Além disso o IRA (Inflation Reduction Act) dá créditos de impostos para capex verde/manufatura o que vai beneficiar mais a Pfizer com estes investimentos.
A saga Metsera: Pfizer vs. Novo #NVO: A Briga pelo Emagrecimento Milionário
A Metsera é uma biotech que desenvolveu inibidores de apetite orais e injetáveis de ação prolongada e potencial de US$ 5B no topo de vendas estimado.
Em setembro a Pfizer anunciou negociação pra comprar a Metsera por US$ 4.9bi + Pagamento condicional de US$ 2.4B sujeito a metas totalizando ~US$ 7.3B, US$ 70/share da Metsera #MTSR.
Com o negócio ela entra no boom das drogas antiobesidade (GLP-1s), onde #NVO e Eli Lilly #LLY reinam com Wegovy e Zepbound.
Mas em outubro a Novo entrou com uma oferta de US$ 6B + Pagamento condicional totalizando US$ 9B (US$ 86.20/share).
A Pfizer respondeu com duas ações judiciais por não respeitar contrato de compra e práticas anticompetitivas, alegando que a Novo estaria capturando e matando concorrente pra proteger monopólio em GLP-1s – o que de fato é um risco regulatório alto, já que Novo tem 50% market share nesse segmento.
Em 04/11 a Pfizer apresentou nova proposta de US$ 10B no total considerando uma queda de preços em GLP-1s no futuro.
Agora, com tudo em aberto, o que sabemos é que se a Pfizer levar a melhor a ação deve corresponder.
Seagen: "Vamos mudar o paradigma do câncer"
A Seagen é a ex-Seattle Genetics) é uma biotech pioneira em Antibody-Drug Conjugates (ADCs) que são tipo mísseis guiados: anticorpos que caçam células cancerígenas e entregam quimio direto no alvo, poupando o resto do corpo (menos calvície e enjoo).
Fundada em 1997, explodiu com Adcetris em 2011, e virou sinônimo de inovação em oncologia.
A Pfizer comprou a empresa em dezembro 2023 por US$ 43 bilhões (US$ 229/share, premium de 46% sobre o preço pré-anúncio) – o maior M&A da indústria pós-COVID.
O mercado global de câncer explode pra US$ 300B até 2030 e o CEO da Pfizer disse na época: "Vamos mudar o paradigma do câncer"
Seagen trouxe 4 remédios campeões de venda prontos + de 10 candidatos com foco em linfomas, câncer de bexiga, mama, pulmão – com margens de mais de 80% patente forte por mais de 20 anos.
A Pfizer ainda injeta escala global e + dinheiro pra acelerar o desenvolvimento.
Ou seja, a compra da Seagen foi cara, mas estratégica e oncologia é 25% da receita PFE hoje com upside insano no futuro.
A expectativa é que Eliquis siga brilhando até 2030
Em 2025 a Eliquis está coando e espera-se que venda cerca de US$ 8bi sendo metade pela Pfizer, crescendo 15-18% YoY o que acompanha o guidance da Pfizer pra itens não-COVID.
O Eliquis foi lançado em 2012 então a patente de 20 anos expira em 2026 nos EUA e em 2027 na Europa. Os genéricos entram 2028 e também tem o impacto IRA cortando 20-30% no preço Medicare.
Então, de 2026 em diante o mercado total de Eliquis deve crescer menos porque o genérico custa 20-30% do preço original e rouba o mercado.
O mercado claramente já sabe disso e precifica 2-3 anos antes, este é o motivo da PFE negociar a múltiplos tão baratos em P/E 7.5x
(A recomendação é apenas para assinantes, clique abaixo para assinar caso o texto não carregue para você)






